Musicoterapia impulsiona avanços em reabilitação física, neurológica e saúde mental

Muito além de acalmar bebês ou entreter crianças, a musicoterapia se consolidou como uma poderosa prática clínica profissional, com benefícios comprovados para a saúde física e mental de adultos e idosos. Utilizando a música como ferramenta terapêutica, a técnica tem auxiliado na reabilitação de pacientes e no tratamento de transtornos emocionais de forma surpreendente.

Reabilitação, Memória e Movimento

Para pacientes em reabilitação após um AVC (Acidente Vascular Cerebral), trauma ou com doenças degenerativas, o ritmo musical pode ser um grande aliado. Atividades que combinam som e movimento ajudam a reativar áreas do cérebro, estimulando a coordenação motora e a recuperação de movimentos.

No cuidado com idosos, a musicoterapia tem se mostrado especialmente eficaz. Em pacientes com Alzheimer ou Parkinson, a música consegue ativar memórias afetivas, reduzir a agitação e melhorar significativamente a qualidade de vida, promovendo bem-estar e criando novas conexões emocionais.

Alívio para a Ansiedade e a Depressão

A técnica também é um recurso valioso para a saúde mental. O contato com a música em um ambiente terapêutico ajuda a reduzir os níveis de ansiedade, acalma o sistema nervoso e oferece um espaço seguro para a expressão de sentimentos. Em quadros de depressão ou estresse crônico, as sessões promovem alívio emocional e autoconhecimento.

"A música é uma linguagem universal capaz de acessar regiões do cérebro onde a fala nem sempre chega", explica Ana Claudia Rocha, musicoterapeuta e responsável pela Clínica Ascender em Rondonópolis. Segundo ela, é essa capacidade que amplia as possibilidades de tratamento, com cada sessão sendo personalizada para atender às necessidades de cada paciente.

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