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  • Saúde  •  13/08/2024  •  um ano atrás

A saúde mental do eleitorado também está em jogo, em época de eleições.

Conflitos Familiares- Relacionamentos familiares afetivos destruídos.

A saúde mental do eleitorado também está em jogo, em época de eleições.

Com o país dividido, as discussões acaloradas atingem não só desconhecidos e amigos, mas também as famílias brasileiras. 

Relatos de pais e filhos brigados, netos e avós que deixaram de se falar devido às divergências políticas estão mais presentes. Com a internet e o imediatismo das informações, nem sempre verídicas, esse desconforto e esses confrontos tomaram conta da corrida nas eleições municipais, estaduais e federal. 

As famílias estão sendo destituídas pela incapacidade de escutar o outro e de compreender a dinâmica daquilo que é defendido. 

Quantos pais e filhos não entram em discussão por causa de uma série de fatores como religião, política, questões sociais, e isso faz parte da vida humana, o ser humano precisa aprender a lidar com isso. Essas rupturas, esses desrespeitos, isso sim é uma transgressão da convivência comum. 
A gente pode lidar com os contrapontos, somos pessoas distintas. 
Sabemos que no mundo precisamos de retóricas e nem sempre na vida você vai encontrar situações de conciliação, é assim no casamento, entre irmãos, e entre pais e filhos.

Consumo sempre repetir dentro do setting terapêutico em sessões com os pacientes/ clientes. 

“Pessoas com conflitos internos, externalizam conflitos em outras pessoas.”

É necessário ter cuidado com a afirmação de que “a minha verdade é a única realidade”. Essa necessidade de estar sempre certo e não lidar com o outro pode estar causando mais ansiedade na população. 

Com o adoecimento da sociedade, também cresce a procura por atendimentos psicológicos. Porém, esse fato não aconteceu somente com a chegada das eleições de 2022, mas a demanda já vem aumentando desde a pandemia. 
“Veio a pandemia que potencializou e também a chegada dos efeitos e dos fenômenos sociais, questões políticas, fim de ano, a própria dúvida em relação ao futuro, qual é a perspectiva de futuro que nós temos, o que vai acontecer com a nova realidade, a mudança do mercado de trabalho, a mudança das condicionantes familiares, então tudo isso explodiu e potencializou os atendimentos na clínica”.

Desavenças e conflitos familiares por conta da política, e os partidos políticos estão gerando situações irreversíveis entre as pessoas que estão no ambiente familiar. 

A mudança veio com a possibilidade de comunicação pelas vias digitais que ampliou a participação do cidadão. 
Se antes o eleitor brasileiro era um sujeito que se mantinha afastado das questões políticas fora do período eleitoral, hoje em dia tornou-se mais ativo nas discussões. 

Para muitos, a eleição está sendo um marco de vida, mas é necessário estar atento para o que vai acontecer após esse fenômeno eleitoral. A história da política é cíclica e nunca linear, tem sempre ganhos e perdas dos dois lados. 

Na política, a gente costumava dizer que o eleitor brasileiro era um eleitor alienado, não no sentido ruim da palavra, mas alienação no sentido de distanciamento, era aquele eleitor que vinha na hora da eleição, participava da festa, principalmente na era do showmício, e depois saía da política, não acompanhava o que acontecia no mundo político.

A ansiedade vem dessa tentativa de projeção do futuro, o que vai acontecer comigo, com a minha família, com a sociedade se um resultado acontecer e for desfavorável aquilo que eu acredito e as pessoas tem que ter calma de que o mundo não vai acabar, a sociedade vai continuar, a gente gostando ou não do resultado final, vamos precisar saber conviver com ele.

 

 

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