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2025 projeta recordes de produção com desafios climáticos e financeiros
Especialistas alertam para a possibilidade de um novo evento de El Niño
O agronegócio brasileiro possui expectativas otimistas para o ano de 2025, com projeções de safra recorde de grãos, principalmente soja e milho, que devem atingir as maiores produções da história. No entanto, desafios como o cenário climático incerto, possibilidade de eventos climáticos extremos, aumento das taxas de juros e pressões por margens menores exigem cautela na gestão das lavouras e finanças por parte dos produtores.
Analistas preveem que os preços das commodities agrícolas devem continuar em queda devido à recuperação dos estoques globais e à desaceleração da demanda, especialmente da China. Ainda assim, acordos comerciais com a União Europeia podem abrir novas oportunidades para o Brasil como fornecedor estratégico no mercado internacional.
Internamente, a renda das famílias deve manter a demanda aquecida, enquanto as exportações de proteínas animais, especialmente da avicultura, também devem crescer em 2025. A Conab projeta um crescimento de 3,5% no PIB da agropecuária, impulsionado pelo aumento da área plantada e recuperação da produtividade.
Isan Rezende, presidente do Instituto do Agronegócio (IA) concorda que as perspectivas para o agronegócio brasileiro em 2025 são bastante promissoras, mas lembra que os produtores devem estar preparados, principalmente para a questão do clima. “É fundamental investir em tecnologia e em práticas que aumentem a resiliência das lavouras frente às adversidades climáticas”.
“Outro ponto que exige cuidado é o cenário financeiro. Com as taxas de juros elevadas, o crédito rural está mais caro, o que torna imprescindível uma gestão eficiente das finanças. Os produtores que se mantiverem organizados e atentos às suas margens terão mais condições de superar este período de ajustes. Além disso, é essencial que políticas públicas, como o fortalecimento do seguro rural, sejam priorizadas para oferecer uma rede de proteção em momentos de maior incerteza”, comentou o presidente.
“O agronegócio brasileiro tem mostrado sua força, com recordes de produção e competitividade internacional, mas precisamos ir além. Diversificar mercados, garantir uma produção sustentável e fortalecer nossas cadeias produtivas serão passos decisivos para manter o protagonismo global. Estamos confiantes de que, com a união entre setor privado, produtores e governo, o Brasil continuará a crescer e a consolidar sua posição como líder no mercado agrícola mundial”, completou Isan.
Embora os desafios sejam significativos, os especialistas concordam que o setor seguirá competitivo, diversificando mercados e consolidando sua posição como líder global em sustentabilidade e eficiência. O cenário exige cautela, mas também abre espaço para o otimismo com uma nova safra promissora.
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