MERCADO AUTOMOTIVO
BYD Dolphin Mini quebra barreira e já ameaça hatches a combustão no Brasil
Com 3.300 unidades vendidas em agosto, o elétrico superou modelos tradicionais e consolidou a BYD como a 7ª maior marca de veículos do país

Da Redação
O cenário automotivo brasileiro presenciou um marco em agosto: o BYD Dolphin Mini realizou um feito que vai muito além dos números, quebrando a barreira de nicho dos carros elétricos e os catapultando para o mainstream do mercado. Os dados da Fenabrave de agosto revelam que, com 3.300 emplacamentos, o compacto chinês já se aproxima em volume de vendas de modelos que são a espinha dorsal de montadoras tradicionais, forçando o mercado a reavaliar suas estratégias.
O volume de 3.300 unidades em um único mês é significativo porque coloca o Dolphin Mini em um patamar entre os hatches compactos que não pode mais ser ignorado. Para contextualizar, veja como ele se posiciona entre os hatches mais vendidos do Brasil em agosto:
Hatches mais vendidos no Brasil em agosto de 2025
Modelo | Vendas (unidades) |
VW Polo | 12.908 |
Fiat Argo | 10.097 |
Hyundai HB20 | 7.590 |
Fiat Mobi | 7.045 |
Chevrolet Onix | 5.815 |
BYD Dolphin Mini | 3.300 |
Honda City Hatchback | 1.357 |
BYD Dolphin | 1.311 |
Citroën C3 | 852 |
Peugeot 208 | 749 |
O carro elétrico da BYD atingiu mais de 50% do volume de um Chevrolet Onix – um dos hatches mais tradicionais do mercado – e vendeu mais que o dobro de modelos consagrados e relevantes de outras marcas grandes, como o Honda City Hatchback, o Peugeot 208 e o Citroën C3.
Mais importante do que superar um ou outro, seu volume prova que ele já é um concorrente direto, disputando o mesmo cliente que, até pouco tempo atrás, só pensava em carros a combustão. Ele já possui volume suficiente para figurar entre os 20 modelos mais vendidos do país (em agosto foi o 21º), um feito inédito para um veículo 100% elétrico.
Hegemonia da BYD e o ranking de elétricos
O sucesso do Dolphin Mini é a principal alavanca para a hegemonia da BYD no mercado de carros elétricos, que também apresentou bons números com os modelos Dolphin e Yuan Pro. Em agosto, a marca chinesa emplacou 5.649 veículos 100% elétricos, o que lhe garantiu uma participação de 74,4% de todo o segmento BEV (carros elétricos a bateria) no país.
Ranking de marcas elétricas – Agosto/2025:
Marca | Vendas | Participação |
BYD | 5.649 | 74,4% |
Volvo | 375 | 4,9% |
GWM | 320 | 4,2% |
GM | 317 | 4,2% |
GAC | 242 | 3,2% |
Renault | 164 | 2,2% |
Geely | 159 | 2,1% |
Omoda Jaecoo | 85 | 1,1% |
Zeekr | 60 | 0,8% |
BMW | 59 | 0,8% |
O impacto da BYD não se restringe ao segmento de carros elétricos ou híbridos plug-in. Quando olhamos para o mercado total de automóveis e comerciais leves, a marca já ocupa posição de destaque.
Em agosto, a BYD foi a 7ª marca mais vendida do Brasil, com 9.815 unidades emplacadas e 4,58% de participação de mercado. E isso sem oferecer nenhum carro exclusivamente a combustão, apenas veículos eletrificados.
Top 10 marcas – Agosto/2025 (autos + comerciais leves):
Posição | Marca | Vendas | Participação |
1º | Fiat | 45.373 | 21,15% |
2º | Volkswagen | 39.230 | 18,29% |
3º | GM | 21.964 | 10,24% |
4º | Hyundai | 16.929 | 7,89% |
5º | Toyota | 15.625 | 7,28% |
6º | Renault | 10.798 | 5,03% |
7º | BYD | 9.815 | 4,58% |
8º | Jeep | 9.045 | 4,22% |
9º | Honda | 7.473 | 3,48% |
10º | CAOA Chery | 6.750 | 3,15% |
Esse dado mostra a revolução em curso: uma marca que só vende carros eletrificados plug-in (modelos que vão na tomada) já está entre as dez maiores do país, à frente de fabricantes consagrados.
O acumulado de janeiro a agosto confirma a força da BYD. A marca já emplacou 34.457 veículos 100% elétricos no Brasil em 2025. Considerando a média mensal (4.307 unidades) e a expectativa de crescimento no último quadrimestre, a projeção aponta para mais de 51 mil unidades até dezembro.
O Dolphin Mini, sozinho, responde por 19.516 unidades no mesmo período e deve superar 30 mil emplacamentos em 2025 — algo inédito para um carro elétrico no país. O caçula da BYD provou que o futuro do carro popular no Brasil passa, inevitavelmente, pela tomada. E as montadoras tradicionais agora precisam correr contra o tempo para se adaptar a essa nova realidade.
Fonte: Fenabrave – Agosto/2025
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