• Economia  •  30/01/2025  •  3 semanas atrás
Copom eleva juros básicos da economia para 13,25% ao ano

Copom eleva juros básicos da economia para 13,25% ao ano

Alta do dólar e preço dos alimentos influenciaram decisão

A recente alta do dólar e as incertezas sobre a inflação e a economia global fizeram o Banco Central (BC) aumentar a taxa Selic mais uma vez, elevando-a em 1 ponto percentual para 13,25% ao ano. 

Essa decisão foi prevista pelo mercado financeiro e já anunciada anteriormente pelo BC. O Comitê de Política Monetária (Copom) ressaltou as incertezas externas, especialmente as nos Estados Unidos, que afetam a confiança na política monetária. 

A economia brasileira está aquecida, com a inflação acima das metas, e os gastos públicos estão criando distúrbios nos preços.

O Copom mencionou que continuará monitorando como as políticas fiscais influenciam a política monetária e o mercado financeiro.

 O comitê prevê uma nova alta na taxa Selic em março, mas não garantiu aumentos adicionais em maio, indicando que dependerão da evolução da inflação. Este foi o quarto aumento seguido da Selic, o que a coloca no nível mais alto desde setembro de 2023.

A Selic é a principal ferramenta do Banco Central para controlar a inflação, medida pelo IPCA, que em dezembro ficou em 0,52%. 

Apesar de alguns preços, como os de energia, estarem estáveis, outros, especialmente alimentos, aumentaram.

 Até agora, a inflação acumulada em 2024 está em 4,83%, mais than o limite máximo da meta. A nova meta de inflação é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O método de monitoramento mensal foi alterado para observar a inflação acumulada em 12 meses.

As previsões do Banco Central apontam que a inflação deve ficar em 4,5% em 2025, mas essas estimativas podem mudar dependendo do comportamento do dólar. O mercado, entretanto, espera uma inflação mais alta, projetando 5,5% para este ano. 

O Copom também anunciou que espera que a inflação atinja 5,2% em 2025. 

O aumento da Selic visa conter a inflação, mas pode dificultar o crescimento econômico, que está projetado para 2,1% em 2025, embora o mercado estime um crescimento de 2,06%.

O aumento dos juros encarece o crédito e estimula a poupança, enquanto cortes na Selic abarrotam o consumo e a produção, mas podem comprometer o controle da inflação.


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