Dívida pública brasileira caminha para patamares da pandemia, diz ex-secretário da Fazenda

Expectativa é de que a dívida chegue a 84% do PIB até o final de 2026, segundo Jefferson Bittencourt projetou

O Brasil está enfrentando um aumento alarmante da dívida pública, que está se aproximando do nível registrado durante a pandemia de Covid-19. O ex-secretário da Fazenda e head de macroeconomia do Asa, Jefferson Bittencourt, acredita que as medidas anunciadas pelo governo não serão suficientes para reverter essa tendência de alta da dívida bruta do país. 

Segundo suas projeções, a dívida pública, que fechou 2022 em 71,7% do PIB, pode chegar a mais de 84% até o final de 2026. Durante a pandemia, a dívida pública ultrapassou os 80% do PIB, mas foi revertida nos anos seguintes devido à retomada econômica e políticas de ajuste temporário.

No entanto, as projeções atuais indicam que o país pode voltar a esse patamar crítico, sem a justificativa da pandemia. Com uma dívida alta e crescente, o ambiente econômico fica prejudicado, tornando difícil a redução das taxas de juros e a estabilização das contas públicas. O governo anunciou um pacote de corte de gastos, mas muitos acreditam que não é suficiente para resolver o problema fiscal brasileiro.

A rápida expansão da dívida pública ressaltou a necessidade de reformas estruturais mais profundas e medidas de ajuste fiscal rigorosas. Mesmo defendendo que o pacote é um passo na direção certa, o governo reconhece que o esforço para controlar a dívida será de longo prazo. Com uma dívida projetada para ultrapassar os 80% do PIB, o país enfrenta desafios para garantir a sustentabilidade de suas contas públicas e atrair investimentos.

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