Dois anos após reforma ministerial, apoio do centrão a Lula "desidrata"

Da Redação

O apoio do centrão ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva tem demonstrado sinais claros de fragilidade. Após dois anos de uma aliança costurada em uma reforma ministerial, uma série de episódios recentes, incluindo uma derrota em uma comissão parlamentar de inquérito e a criação de uma nova "superfederação" política, indica que as siglas de centro-direita já se preparam para as articulações das eleições de 2026.

Sinais de Ruptura: Derrota na CPMI e Nova Federação

O principal sinal de fragilidade veio com a CPMI do INSS. Lideranças do União Brasil se aliaram à oposição e conseguiram impor uma derrota ao governo, garantindo a presidência e a relatoria da comissão para a oposição, em um revés considerado grave para a articulação política do Planalto.

A crise se aprofundou com a formalização da Federação União Progressista (UPb), que une União Brasil e PP. Juntas, as duas legendas, que hoje controlam ministérios, somam cerca de 20% do Congresso Nacional.

"Vamos Desembarcar", Afirma Líder do PP

A insatisfação com a aliança é pública. O presidente nacional do PP, senador Ciro Nogueira, que é aliado de Jair Bolsonaro, é um dos principais defensores do desembarque da Esplanada. Em um evento recente, ele foi direto: "Nós iremos desembarcar desse governo o mais rápido possível, pode ter certeza de que não vai demorar. Só 5% querem ficar”, disse, sinalizando que a maioria de sua bancada deseja romper com a gestão Lula.

A fragilidade da aliança também reflete o cenário de pré-campanha presidencial, com nomes como os governadores Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado se posicionando como potenciais candidatos para 2026.

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