• Economia  •  04/11/2024  •  4 meses atrás
Expectativa por plano de Haddad por corte de gastos faz Ibovespa subir

Expectativa por plano de Haddad por corte de gastos faz Ibovespa subir

Exterior positivo também impulsiona ativos locais às vésperas das eleições nos EUA e das decisões do Fed e do Copom

O Ibovespa, principal índice de ações da bolsa de valores brasileira, avançou mais de dois mil pontos em uma única sessão, com aumento das expectativas de que o pacote de medidas fiscais sobre gastos públicos seja anunciado nos próximos dias.

O principal índice da bolsa brasileira subiu 1,87%, aos 130.209 pontos nesta segunda-feira (4/11). Na sexta, o índice encerrou em baixa de 1,23%, aos 128.121 pontos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o plano de medidas sobre os gastos públicos deve ser anunciado nos próximos dias: “Como as coisas estão muito avançadas do ponto de vista técnico, acredito que nós estejamos prontos para anunciar”, disse Haddad em entrevista a jornalistas.

O dólar fechou em baixa de 1,48%, cotado a R$ 5,78, nesta segunda-feira (4/11), após registrar o seu segundo maior valor nominal da história, R$ 5,87, na última sexta-feira (1°/11). Com o resultado, a moeda americana acumula um avanço de 0,03% no mês e um ganho de 19,18% no ano. A queda desta segunda foi motivada ainda pela expectativa do anúncio de cortes de gastos prometidas pelo governo e pelas decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos.

A administração federal é cobrada pelo mercado financeiro a apresentar seu plano de corte de gastos públicos para se adequar a seu arcabouço fiscal e a demora vem contribuindo para o nervosismo. A pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, cancelou a viagem à Europa que faria nesta semana para focar a finalização da parte técnica do plano.

Haddad foi ao Palácio do Planalto para se reunir com Lula e outros ministros no meio da tarde. Segundo ele, as coisas estão “muito adiantadas” do ponto de vista técnico, e o governo estará pronto nesta semana para anunciar as medidas. O ministro evitou comentar detalhes do plano de corte de gastos e reforçou que o modelo de apresentação será decidido por Lula.

Investidores também aguardam a próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC), nos dias cinco e seis de novembro. A expectativa é que o Comitê eleve em até 0,50 ponto percentual a taxa Selic, a um patamar de 11,25% ao ano. No Boletim Focus deste semana, as projeções para a inflação voltaram a subir, pela quinta semana consecutiva.

Eleições americanas
Apesar de o tema fiscal seguir no radar, o mercado também segue de olho esta semana nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, previstas para terça-feira (5/11). O cenário ainda é incerto e as pesquisas não conseguem afirmar se a vitória será da democrata Kamala Harris ou do republicano Donald Trump.

A possibilidade de cenário onde o republicano saia vitorioso desvaloriza as moedas de países emergentes, como o Brasil, na esteira de declarações do candidato sobre a intenção de aplicar mais tarifas aos produtos importados nos Estados Unidos.

Outra decisão importante da semana é a decisão do Federal Reserve (Fed), que será divulgada na quarta-feira (6/11). As apostas majoritárias são de que a autoridade deve cortar as taxas em 25 pontos-base nos Estados Unidos.


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