• Economia  •  26/09/2024  •  5 meses atrás
Ipea revisa projeção de inflação pelo IPCA de 4% para 4,4% em 2024

Ipea revisa projeção de inflação pelo IPCA de 4% para 4,4% em 2024

Alta de alimentos e bens industriais refletem aceleração dos preços

De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), as estimativas para a inflação brasileira em 2024 foram elevadas, com o IPCA passando de 4% para 4,4% e o INPC de 3,8% para 4,2%. A análise do instituto aponta para um ambiente inflacionário menos favorável, devido ao desempenho mais forte da atividade econômica e seus impactos no mercado de trabalho, aceleração dos preços dos serviços livres, desvalorização cambial e pressões nos preços dos alimentos, energia e combustíveis.

Em agosto, a inflação no Brasil registrou alta de 4,2% em 12 meses, influenciada principalmente pelos reajustes nos serviços livres e nos preços administrados. O aumento dos custos de matérias-primas, cotações de commodities no mercado internacional e desvalorização cambial também contribuíram para a aceleração dos preços. A demanda aquecida e custos de mão de obra mais altos também pressionaram a inflação nos serviços livres.

A previsão para a inflação de alimentos em domicílio foi reduzida de 5,9% para 5,6%, reflexo da queda de 2,3% observada no bimestre julho-agosto. Já as projeções para os bens industriais e serviços livres em 2024 aceleraram, refletindo aumento nos custos de produção e demanda elevada. A inflação dos preços administrados também foi elevada para 4,7%, devido ao aumento dos combustíveis e energia elétrica.

O Ipea aponta diversos fatores de risco para a inflação no curto prazo, como conflitos internacionais, desvalorizações cambiais e impactos da seca na produção de alimentos e energia. No entanto, para 2025, o processo de descompressão inflacionária pode ocorrer, com projeções de 3,9% e 3,8% para o IPCA e INPC, respectivamente, devido à apreciação cambial e melhora das condições climáticas.

 


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