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Plano de Ação Emergencial é Anunciado para a Saúde de Rondonópolis
O anúncio foi feito pela Secretária de Saúde Tânia Balbinotti
Em uma live realizada nessa terça-feira (7), a secretária de Saúde de Rondonópolis, Tânia Balbinotti, com outros secretários municipais, expôs um cenário preocupante sobre a situação da saúde pública na cidade. Entre os principais desafios, foram apontados problemas estruturais, falta de planejamento integrado e necessidade urgente de modernização dos sistemas de atendimento. Um plano emergencial de 30 dias foi anunciado para enfrentar parte dessas dificuldades.
Secretária de Saúde Critica Estrutura e Propõe Mudanças
Durante a transmissão, Tânia Balbinotti destacou que a saúde municipal conta com 120 unidades de atendimento, mas muitas delas sofrem com estruturas precárias. “Os prédios estão sem geradores de energia e, em locais como o Pronto Atendimento Infantil (P.Azinho), o atendimento é interrompido em caso de falta de energia elétrica”, revelou.
A secretária também apontou falhas no transporte de pacientes, com veículos que precisam de manutenção preventiva, e relatou que alguns carros da prefeitura estão parados por falta de combustível.
Outro problema grave, segundo Tânia, está no software de gestão utilizado pela prefeitura, que ela classificou como ineficiente, que ela classificou com nota 3 em uma escala de 0 a 10. “Precisamos modernizar o sistema e interligar todas as unidades. Quando um paciente for atendido, o relatório completo precisa estar disponível no sistema, facilitando o acompanhamento”, afirmou.
Secretaria da Fazenda: Falta de Confiabilidade nos Dados
Rane Costa, recém-empossada como secretária da Fazenda, apontou que a prefeitura não possui um controle preciso das contas públicas. “Assumimos há sete dias e estamos levantando os dados. Até agora, os relatórios financeiros apresentados não são confiáveis. Todos os documentos têm valores diferentes”, disse.
Segundo ela, a situação é crítica, já que a conta bancária da prefeitura não é conciliada há 10 meses. Uma força-tarefa foi montada para organizar os dados financeiros e apresentar um diagnóstico ao prefeito.
Plano de Ação Emergencial na Saúde
O secretário administrativo, Luciano Rodrigues, reforçou a gravidade da situação na Secretaria de Saúde. “A secretaria está em colapso. Elaboramos um plano de ação emergencial, mobilizando quatro equipes para realizar a limpeza das unidades de saúde, que estão tomadas pelo mato”, declarou.
Ele afirmou que a Coder (Companhia de Desenvolvimento de Rondonópolis) também foi acionada para fazer a limpeza de canteiros, rotatórias, escolas e creches. As ações começaram imediatamente, com equipes trabalhando durante o dia, à noite e de madrugada.
Santa Casa e Policlínicas como Soluções
Tânia Balbinotti destacou a importância da Santa Casa de Rondonópolis como uma prestadora de serviços essencial para a saúde do município. “A Santa Casa tem que funcionar. Precisamos garantir o atendimento e evitar ao máximo a transferência de pacientes para outras cidades. Vamos desburocratizar processos e resolver os problemas localmente”, disse.
A secretária também anunciou a transformação de cinco postos de saúde em policlínicas 24 horas, que funcionarão como pequenas UPAs em regiões estratégicas da cidade, oferecendo atendimento ampliado e distribuição de medicamentos.
Combate à Dengue e Nova UPA
Para combater o aumento de casos de dengue, será realizado um mutirão de limpeza em parceria com a Secretaria de Meio Ambiente e a população. “Vamos pedir que os moradores limpem seus quintais e retirem entulhos. O exemplo tem que vir do poder público”, afirmou Tânia.
Além disso, está nos planos da Secretaria de Saúde a construção de uma nova UPA (Unidade de Pronto Atendimento), cujo projeto deve ser iniciado até julho de 2025.
Compromisso com a População
A secretária de Saúde finalizou destacando que a gestão de saúde depende de três pilares fundamentais: equipe qualificada, boa gestão e administração eficiente dos recursos.
“Nosso foco é melhorar a saúde pública e facilitar a vida do paciente, aproveitando melhor os recursos disponíveis. Afinal, o cidadão paga impostos e merece um serviço de qualidade”, concluiu.
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