Rondonópolis | Banco é condenado a indenizar ex-funcionária em R$ 20 mil

Juíza reconhece práticas abusivas no ambiente de trabalho

O Banco Santander foi condenado pela Justiça do Trabalho em Rondonópolis a pagar uma indenização de R$ 20 mil a uma bancária por danos morais decorrentes de assédio praticado por superiores hierárquicos. A decisão foi proferida pela juíza Karina Rigato, da 3ª Vara do Trabalho, que identificou práticas abusivas no ambiente laboral, como cobranças excessivas de metas e exposição pública dos resultados individuais, o que acabou causando abalos emocionais na funcionária.

De acordo com as provas apresentadas, a bancária era constantemente pressionada a alcançar metas inalcançáveis e sofria exposição vexatória durante reuniões e interações com superiores. Em um dos episódios relatados, a funcionária foi questionada de forma desrespeitosa e humilhante em frente aos colegas, o que agravou o impacto emocional.

A magistrada ressaltou que, embora seja legítima a cobrança de metas no setor privado, o banco extrapolou os limites aceitáveis do poder diretivo, configurando uma prática abusiva. Além da indenização, foi reconhecido o direito ao pagamento de horas extras referentes à 7ª e 8ª horas trabalhadas, já que a bancária não ocupava cargo de confiança e, portanto, não se enquadrava nas exceções previstas pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

A sentença destacou que é dever do empregador assegurar um ambiente de trabalho saudável e livre de práticas que possam comprometer a dignidade dos funcionários. A decisão, que ainda cabe recurso, reforça a necessidade de combater abusos no ambiente corporativo.

A assessoria de imprensa do TRT também informou que cabe recurso por parte do banco da decisão judicial

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