MERCADO EXTERNO
Setor de carne bovina projeta recorde de exportação em 2025, apesar de tarifa dos EUA
Queda acentuada nas vendas para os Estados Unidos, após sobretaxa, deve ser compensada pela forte demanda de mercados da Ásia e do Oriente Médio

Da Redação
Nem mesmo a drástica queda nas exportações para os Estados Unidos, após a imposição de uma tarifa de 50%, foi suficiente para abalar o otimismo do setor de carne bovina do Brasil. A expectativa para 2025 continua sendo de um novo recorde de embarques, impulsionado pela força de outros mercados internacionais que mantêm a demanda aquecida.
O Impacto da Tarifa Americana
Dados do governo mostram que os embarques de carne bovina para os EUA caíram cerca de 80% nos últimos três meses, um reflexo direto da nova barreira tarifária. Curiosamente, o baque recente ocorre após um primeiro semestre de vendas expressivas para o país, que chegou a dobrar a quantidade importada em relação ao ano anterior, comprovando a forte demanda pelo produto brasileiro antes da sobretaxa.
China e Novos Mercados como Alternativa
Com a nova realidade no mercado americano, a estratégia da indústria brasileira agora é acelerar a diversificação. A China continua sendo o principal destino da proteína nacional, mas o setor também conta com a forte demanda de países como Emirados Árabes, Egito e Arábia Saudita.
Além disso, há um esforço para avançar em mercados de alto valor agregado, como Japão e Coreia do Sul, que exigem padrões sanitários elevados e pagam mais por carnes de qualidade premium.
Reflexos no Mercado Interno
A redução nos envios para os EUA, somada à maior oferta de animais de confinamento, causou uma leve retração no preço da arroba no mercado interno. Em São Paulo, a cotação ficou entre R$ 290 e R$ 295. No entanto, analistas acreditam que o cenário deve se estabilizar à medida que a indústria redireciona os embarques para outros países.
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